Há pessoas com quem temos fortes ligações de alma, inexplicáveis à mente humana.
Uma dessas pessoas para mim, é a minha querida, Mãe.
A sua alma me acompanha à várias encarnações, em que por vezes os papéis se invertem…, mas está sempre lá para mim e eu para ela.
É uma relação que transcende o tempo e o espaço.
A explicação para tudo isto, habita nas diversas vidas passadas partilhadas, que já tivemos.
Vivemos em Sevilha, na época medieval e éramos irmãs. Eu, a irmã mais nova e ela a mais velha. Vivíamos uma vida de nómadas e artistas, eu cantava e ela dançava.
Daí o nosso fascínio nesta vida pelas artes e pela música.
Algumas das pessoas que conhecemos nesta vida, também se encontravam em Sevilha connosco.
Já vivemos em Paris, no tempo de Luís XIV, éramos mulheres que levavam uma vida boémia na alta sociedade. Éramos presenteadas pelos cavalheiros da altura de variadíssimas formas. Tínhamos que manter o romance vivo.
Chegamos a frequentar Versalhes… daí o meu encanto por este belíssimo palácio.
Um dia vou ter que ir lá, de uma maneira ou de outra.
Também tivemos várias encarnações mais modestas, a viver em comunidade, no campo. Mais precisamente numa quinta.
Cada um de nós contribuía com um ofício específico, para o beneficio da comunidade. Éramos uma grande família.
Sinto saudades destes tempos… saudade de algo que ainda não vivi nesta vida, mas que está presente no meu ser.
E, muitas outras mais…
Para todos perceberem o que está por de trás de uma grande conexão de alma.
Aqui dei o exemplo da minha Mãe, mas pode ser qualquer pessoa presente na vossa vida. Inclusive, vida amorosa.
Todas estas descobertas de vidas passadas com a minha Mãe, fizeram com que tomasse a consciência da origem de tudo isto.
Sabem o mais engraçado?
Quando saio com a minha Mãe e estamos com as pessoas que nunca vimos antes… sabem o que perguntam?
Vocês são irmãs?
Nós, rimo-nos uma para a outra.
Já fomos. – pensamos nós.
Quanto mais trabalharem no vosso processo de cura, mais atrairão pessoas que tenham uma forte ligação de alma convosco.
Saudade…
de um perfume,
de um toque,
que nunca antes senti…
Será da minha mente?
Não! É do meu sentir!
Ana Oliveira