Sabem onde reside esta essência?
Em vocês mesmos!
Como assim, Ana? – perguntam vocês.
Passo a explicar, meus queridos…
Para encontrarem o vosso próprio estilo, primeiro têm de se encontrar a vocês mesmos.
Sabem porquê?
Porque antes de saberem os vossos gostos em termos de moda, primeiro é necessário identifica-los e entendê-los.
Este processo já aconteceu comigo.
Quando não me conhecia tão bem e não me amava, o meu estilo era completamente diferente.
Digamos que em termos de palete de cores, resumia-se a muito preto, algum cinza e pouco branco.
Adivinhem como me sentia…
Triste e vazia por dentro.
Era uma pessoa fútil e superficial.
Aparentava algo que não sentia.
Tentava encaixar-me numa sociedade com a qual não me identificava.
Na minha infância, por volta dos 4-5 anos, já escolhia as minhas peças de roupa e conjugava-as à minha maneira. Nessa altura eram peças coloridas e divertidas.
Pois, era o meu estado de espirito, mas a partir da adolescência preferi sempre peças mais escuras.
Sentia-me bem com elas e para mim era impensável vestir-me com mais de 2-3 cores distintas. Se o fizesse era com preto, branco e um apontamento de uma cor mais marcante. Como por exemplo, o vermelho.
À medida que fui evoluindo, reparei que comecei a ganhar uma aversão à cor preta. Principalmente, depois de terminar o meu mestrado de Reiki.
Sentia-me mal se vestisse uma camisola ou vestido preto. Naquela altura, ainda tolerava as calças pretas.
Comecei por deixar de usar preto aos poucos.
Ana, se não vais mais vestir estas peças, vamos dá-las. – disse-me a minha Mãe.
Lembram-se de eu vos dizer que o meu closet resumia-se a muito preto, algum cinza e pouco branco?
Tive que refazê-lo todo. Já não tenho peças daquela altura.
E, ainda bem!
Se me tornei noutra Ana, o meu closet também tinha de acompanhar esta mudança!
Não foi só isso que mudou!
Já mudei várias vezes de casa e cidade.
Já tive a experiência de trazer outro ser a este Mundo… sim!
Sou Mãe!
É uma experiência única e que nos marca para a vida inteira.
Tornamo-nos pessoas diferentes e olhamos para o Mundo de uma outra forma.
Foi o meu filho que me ensinou a amar incondicionalmente, sem apego.
Nunca mais me esqueço das palavras da minha Mãe:
“Um dia, quando fores Mãe vais entender.”
Hoje, dou-lhe toda a razão.
Por vezes temos de tomar decisões extremamente difíceis para nós e colocar o bem dos nossos filhos em primeiro lugar. Mesmo que isso nos traga uma dor e tristeza enorme.
O mais importante são eles e não nós.
Todas estas vivências nos mudam e só com o passar dos anos nos apercebemos o quanto.
Por isso, é que o meu estilo mudou porque me sinto mais EU!
De mudança em mudança,
fui-me reencontrando
sem que me apercebesse…
E, cada vez mais estou conectada
à minha verdadeira essência.
Ana Oliveira