Esta imagem descreve perfeitamente, o que aconteceu comigo e com a minha Mãe…
Finalmente, a minha Mãe teve coragem de tomar a decisão mais difícil e decisiva de toda a sua vida, deixar o meu Pai.
Pensam que era isto que ela queria fazer?
Não!
Quando se casou, acreditava que seria para toda a vida.
O que ela pensava que seria um casamento feliz, tornou-se no seu pior pesadelo… logo nos primeiros dias de casada.
O homem com que ela se casou não era quem ela pensava…
Depois de 33 anos de muito sofrimento, provações, traições, mentiras, manipulações, etc…
Ela teve a coragem que já deveria ter tido há mais tempo e disse:
Basta! Para mim chega!
Sabem porquê?
Porque a insistência de permanecer num relacionamento tóxico lhe trouxe um cancro de mama.
Eu digo muitas das vezes que foi a melhor coisa que poderia ter acontecido com a minha Mãe.
A sério, Ana? – questionam vocês.
Sim! Porque fez com que a minha Mãe mudasse e se tornasse numa pessoa diferente.
Começou a dar valor às pequenas coisas e apercebeu-se que estava a desperdiçar o seu tempo ao lado de alguém que não a valorizava.
A atitude de permanecer nesse relacionamento, tomou dimensões graves porque atingiu-lhe a saúde severamente.
E, aqui começa a história que até os dias de hoje o meu Pai está estupefacto...
De como eu e a minha Mãe nos tornamos o pilar uma da outra.
Porque ele ficou assim tão espantado? – perguntam vocês.
Porque no passado eu não me dava muito bem com a minha Mãe, pois a maior parte do nosso tempo era passado a discutir. Digamos que fui uma criança e adolescente bastante rebelde e indomável.
A minha Mãe diz que dei muito mais trabalho do que o meu irmão.
Supostamente, toda a gente diz que as raparigas dão menos trabalho… é porque nunca encontraram uma Ana, antes.
Senão não diziam isso…
Foi uma grande mudança, não só, para a minha Mãe, mas também para mim.
Desde 2013, eu e a minha Mãe começamos uma vida nova… em que tivemos que deixar muita coisa para trás e lutar por tudo aquilo que temos.
Porque sabíamos que o meu Pai não nos ia facilitar a vida e estávamos certas. Até aos dias de hoje anda sempre com os seus esquemas para cima de nós.
Mas sabem o que acontece com uma criança/adolescente que cresce a ver todos estes esquemas?
Aprende!
Por isso, de certa forma até tenho que agradecer ao meu Pai, por ter sido o meu melhor professor e me ter ensinado tão bem.
Porque este é um dos motivos pelos quais eu sei ler tão bem as pessoas. Conhecimento e vivências adquiridas por parte do meu Pai, aliado ao estudo e à minha intuição.
Basicamente, fui obrigada a crescer rápido e ainda bem.
Estamos a terminar o ano de 2021, quase a entrar em 2022 e isto faz-me pensar… daqui a pouco eu e a minha Mãe deixamos o meu Pai há quase 10 anos.
Uma grande jornada bastante árdua, repleta de obstáculos, decisões e provações.
Se pudesse falar com o meu Eu antigo dir-lhe-ia:
“Ana, acredita!
Não desanimes!
Segue em frente, sem medo.
Vais conseguir alcançar muito mais do que aquilo que imaginas.
Sabes qual é o teu limite?
Tu mesma!”
O facto de ser teimosa levou-me a ser persistente e resiliente.
Nunca desistir, sempre prevalecer.
Por mais complicada que possa ser a situação em questão.
Uma das minhas principais características é precisamente a persistência que provém do meu signo… que é capricórnio.
O mesmo signo do meu pai.
Por muito que me custe admiti-lo… eu sou igual a ele.
Sou a sua fotocópia em versão feminina.
Temos precisamente a mesma personalidade!
Sabem qual é a grande diferença que existe entre nós?
Eu escolhi a Luz mas ele escolheu a Sombra.
E por muita mágoa, dor e desapontamento que eu sinta, não posso mudá-lo.
Só ele pode fazer isso.
Mas não quer fazê-lo e duvido que algum dia vá querer.
A única coisa que pude fazer, foi cortá-lo da minha vida.
Sabem porquê?
Porque tornou-se uma pessoa tóxica.
Já sabem o que vos digo para fazer com os relacionamentos tóxicos…
Eliminem! Seja quem for.
Eu tive de fazê-lo com o meu próprio Pai.
Foi das melhores decisões que tomei.
Se ele não quer ajuda, eu não me posso afundar juntamente com ele.
Tenho que criar limites para o meu próprio bem-estar.
Cortei-o da minha vida no final do ano de 2017 e até aos dias de hoje permanece dessa forma.
Entendem como a minha família está separada?
Cortei relações com o meu Pai, o meu irmão vive no Dubai já há alguns anos e infelizmente nunca mais o vi.
Falo com ele, mas não é a mesma coisa do que estar com ele pessoalmente.
A saudade que sinto por ele é indescritível…
Além de ser meu irmão, é meu padrinho e como um Pai para mim, pois sempre esteve lá quando mais precisei.
Felizmente, tenho a minha Mãe que está ao meu lado.
Eu e ela contra o Mundo!
Neste percurso encontramos boas pessoas, mas aquela que permaneceu até hoje foi o meu melhor amigo que o considero como um irmão e minha Mãe considera-o um filho.
Também encontramos família que não é de sangue, e a isso se chama:
Família Espiritual!
E, vocês?
Já fizeram muitas mudanças na vossa vida?
Ou permanece tudo em efeito museu?
Já sabem como se diz:
“Quem vive de passado é Museu!”
Mudar é evoluir!
Ana Oliveira