Um sentimento avassalador toma conta de mim,
suspiro como se fosse um amor eterno
visto pela primeira vez e sentido desde o início dos tempos…
Ana Oliveira
O que estou a sentir? – pensei para mim.
Pensei que já tivesse decifrado a teoria das almas gémeas e que não houvesse uma chama gémea, mas o Universo fez questão de colocar uma pessoa na minha vida que me fizesse questionar as minhas próprias crenças.
Sempre mais uma surpresa e aprendizado…
O que posso dizer?
Que a vida não me pára de surpreender!
Algo nos puxou na direção um do outro e de repente a paixão e o amor tomou conta de nós.
O tempo parece que deixa de existir… as horas passam, porém, o nosso relógio permanece estático preso num loop de espaço-tempo em que as nossas almas se entrelaçam num sentimento profundo e intimista.
Somos muito semelhantes em vários aspetos e pensamos da mesma forma.
Pela primeira vez senti o que é a verdadeira intimidade, aquela que está no fundo dos olhos do outro.
O teu Mundo fica suspenso entre uma troca de olhares.
Simplesmente, existes na verdadeira existência do ser… sentes-te como nunca te sentiste antes e desejas que o teu presente se torne o teu para sempre.
Questionei-me seriamente sobre a existência ou não de uma chama gémea…
Sabem qual foi a minha conclusão?
Não pode existir uma chama gémea, pois alegam que é a mesma alma partida em dois.
Esta premissa vai contra um dos meus princípios que é:
Somos seres únicos, não existe uma alma igual à nossa.
Pode ser 99% semelhante a nós, mas não é igual.
Percebem a diferença?
Acho que as pessoas se equivocaram a diferenciar este aspeto porque parece que é a mesma alma de tão parecida que é, mas não é.
Quando eliminei a hipótese de ser uma chama gémea retornei à minha teoria das 12.
Comecei a refletir sobre ela…
Se ainda não leram o post da Teoria das 12, aconselho vivamente que o façam.
Foi uma teoria desenvolvida por mim, baseada nos ensinamentos que tive e nas minhas vivências… não há melhor professor do que a vida.
Quando experienciamos e sentimos na pele é muito diferente do que só ler a teoria.
Ler sobre o assunto qualquer um o pode fazer, porém trabalhar em si, evoluir e experienciar uma alma gémea requer muito mais de nós.
Lembrem-se tudo o que escrevo é baseado no que vivi e na minha perspetiva pessoal, mas quando atraírem uma alma gémea podem experienciar algo diferente de mim.
O que é perfeitamente normal, uma vez que cada um é único assim como a sua experiência e vivência pessoal.
De todas as almas gémeas que conheci interroguei-me se alguma vez conheci uma das 12 principais ou não.
Para ser sincera, fiquei indecisa.
Após, alguma análise e umas canecas de chá… cheguei a um epílogo.
Sinto que é a primeira vez que reencontro uma das 12, ou seja, é a minha primeira alma gémea das 12 principais.
Sabem como descobri?
Depois de tudo o que vivi, nunca senti nada assim… nunca mais nos largamos parece que temos um íman que nos puxa um para o outro.
E, quando não estou perto dele sinto falta da sua presença, do seu cheiro, dos seus carinhos e dos seus beijos.
Nunca senti saudades de alguém num curto espaço de tempo… basta estarmos algumas horas separados que a saudade bate e o coração fica apertado.
É INCRÍVEL!
Pela primeira vez consegui proferir as seguintes palavras primeiro do que a outra pessoa:
Eu amo-te!
Passados alguns dias de estarmos juntos… disse-lhe que o amava.
Estava com um pouco de receio, para ser sincera.
Pensei que ele ia pensar que era muito cedo ou que ia chamar-me de louca.
Mas sentia que o tinha de dizer…
Sabem o que aconteceu?
Também te amo. – disse ele.
Para quê esperar dizer algo que sentimos?
Eu aprendi que o tempo é algo relativo e o que interessa é a veracidade e intensidade do sentimento que nutrimos um pelo outro.
Nunca se prendam a estigmas da sociedade ou julgamentos descabidos, apenas vivam fiéis à realidade do sentir.
O que tiver de ser, será…
Um reencontro de almas que ficará para sempre no meu coração.
Nos teus olhos vi,
nos teus olhos senti,
nos teus olhos perdi-me
nas profundezas da alma…
Ana Oliveira