Quando a Floresta se Torna Espelho da Alma
Há momentos na vida em que a luz pousa sobre nós como se o Universo estivesse a sussurrar:
“É agora!
O teu momento chegou!”
A fotografia que acompanha este texto nasceu de um desses instantes raros.
Ali estou eu, banhada pelos últimos tons quentes do dia, envolta num vestido dourado que devolve brilho ao silêncio da floresta. Ao meu lado, um móvel pintado à mão repousa como um pequeno altar de memórias. E foi exatamente desse encontro entre luz, sombra e mistério que o meu livro:
"O Que Sou? – A Descoberta" tomou forma.
Este primeiro volume da série nasce da minha própria procura pela essência, não a máscara, não a expectativa, não o papel que o Mundo tantas vezes nos força a desempenhar, mas aquilo que vibra de forma autêntica dentro de nós.
Estruturei o livro em 21 capítulos, como 21 degraus de um templo interior, cada um trazendo uma chave, uma pergunta, um símbolo, um convite a olhar para dentro com coragem.
Ao longo das páginas, partilho contigo poesia, prosa, reflexões íntimas, insights espirituais e fragmentos de verdade que surgiram ao longo do meu próprio despertar. Convido-te a percorrer temas como a intuição, o silêncio que cura, a sombra que transforma, a coragem de ser quem és, os dons que o tempo por vezes adormece e o propósito que te chama mesmo nos dias em que te sentes distante de TI!
As fotografias artísticas que acompanham o livro são representadas por arquétipos de cartas de Tarot, não estão lá para adivinhar o futuro, mas para te recordar que há símbolos que nos orientam como bússolas invisíveis.
O Louco fala-te do primeiro passo rumo ao desconhecido.
A Sacerdotisa recorda-te o poder da tua própria voz interior.
A Força relembra-te que o verdadeiro poder nunca precisa de ruído para ser real.
Cada imagem é uma janela para um lugar dentro de ti que talvez conheças…, porém esqueceste.
A estética do livro foi pensada como uma experiência sensorial e espiritual. Incluo, na contracapa, uma tela pintada à mão como símbolo energético.
Nada é acidental... cada detalhe existe para despertar em ti uma emoção, um pensamento, um reconhecimento súbito que só quem já se perguntou:
“O Que Sou?” conhece verdadeiramente.
O móvel florido presente na fotografia representa exatamente isso.
Naquele dia, enquanto o sol se escondia, percebi que ele simbolizava as gavetas da alma: umas cheias de memórias, outras de segredos, outras de partes de nós que se perderam pelo caminho.
O livro funciona da mesma forma…
Em cada capítulo, abres uma gaveta tua.
Em cada página, encontras algo que talvez tenhas guardado tempo demais.
Enquanto escrevia “A Descoberta”, percebi que este livro não é para ser lido com pressa.
É para ser sentido.
É um companheiro!
Serve tanto para te orientar quanto para te desafiar.
Serve tanto para acender luzes quanto para te ensinar a acolher as sombras.
A fotografia que escolhi para este post não é apenas uma imagem bonita… é o manifesto visual do livro.
A floresta representa o inconsciente, o mistério, o território interno onde tantas respostas vivem.
O dourado do vestido simboliza a luz que carregas, mesmo sem te dares conta.
O livro junto ao meu peito é o coração que revelo.
O móvel é o arquivo da alma.
O pôr do sol é o limiar entre ciclos… um convite para atravessar a porta que te leva de volta a ti.
Partilho contigo este espaço no blog porque quero que sintas aquilo que senti ao escrever estas páginas:
Que cada pessoa carrega um caminho único, uma descoberta que só ela pode fazer.
Eu ofereço-te este livro como primeiro passo.
O restante… é teu.
A grande questão não é “O que este livro conta?”.
A verdadeira questão é:
O que ele vai despertar em ti?
Entre a luz e a sombra, descubro-me.
Abro as gavetas da alma, uma a uma,
e cada silêncio revela o que guardei.
Se te entrego este livro,
é porque nele há um caminho...
não o meu, mas o teu
à espera de ser lembrado.
Ana Oliveira