Solteira ou Comprometida?

Já alguma vez se interrogaram sobre isto?

Fomos feitos para estar solteiros ou assumirmos um compromisso com alguém?

Recentemente, fiz esta questão a mim mesma.

Cheguei à conclusão que o único compromisso que posso ter é comigo mesma.

Um dos meus números é o 9 que representa a carta IX – O Eremita.

Esta carta simboliza uma pessoa que se isola em busca de conhecimento e de si mesmo.

Já passei por essa fase na minha vida, mas será que terei de passar novamente?

Esta é a questão que paira na minha mente.

Acreditem em mim, quando digo:

Eu tentei!

Tentaste o quê, Ana? – perguntam vocês.

Tentei várias vezes ter um relacionamento amoroso, mais propriamente um namoro.

Algo em que nos comprometemos e assumimos algo sério com o outro.

Sabem o que acontece sempre?

Termina.

Porquê? – interrogam-se.

Posso dizer-vos que acaba sempre por haver um padrão que se repete em todos eles.

Sabem qual é?

Tomarem-me como dado adquirido. Pensam que já me conquistaram e que não precisam de fazer mais nada.

Sabem o que acontece a uma planta quando deixam de regá-la?

Ela seca e acaba por padecer.

Se não nutrirmos a relação e cuidarmos do outro, ela acaba por morrer aos poucos. Assim como a planta.

Nunca tomem nada como adquirido porque a qualquer momento pode acabar.

Valorizem o que têm ao lado porque não sabem se algum dia encontrarão igual ou melhor.

Depende da evolução e merecimento de cada um.

Como sou uma mulher que possui um elevado nível de amor-próprio e autovalorizarão, não tolero este tipo de comportamentos.

Nenhum de nós deveria!

Gostas de estar sozinha? – questionam-se.

SIM!

Gosto de estar solteira, porque tenho a minha liberdade.

Posso fazer o que quiser, quando quiser e à hora que quiser.

Melhor que isto?

É um bocadinho complicado para mim.

Já me convenci que sou uma ave bastante rara e que não nasci para me resignar aos padrões normais de relacionamentos amorosos.

Muito menos de compromisso.

Em todos os relacionamentos amorosos que tive, questionei-me:

“Ana, estás feliz?

És feliz?

É isto que queres?”

Quando não respondo imediatamente a estas perguntas… instantaneamente, sei que algo se passa.

Mais cedo ou mais tarde irei responder, com um não a todas estas questões.

É aí quando me mentalizo para a mudança.

O tempo com aquela pessoa chegou ao fim. Completei o aprendizado.

Conhecemos sempre as pessoas na hora certa e acontece o que tem de acontecer, ou seja, o que já estava predestinado a acontecer.

E, se a pessoa escolhe não evoluir como ser temos de saber respeitar a sua decisão.

Porque um dos meus propósitos de vida é ajudar no despertar da consciência e na evolução espiritual das pessoas que cruzam o meu caminho.

A minha vida amorosa é isto, uma série de aprendizados, para mim e para eles.

Então, o que queres, realmente, Ana? – interrogam-se.

Quero ser FELIZ!

É o que todos queremos, mas por vezes para o sermos temos de tomar as decisões mais complicadas e arriscadas.

Sair da nossa zona de conforto e, simplesmente, SER!

Começar a curar os nossos traumas e fantasmas que pensávamos estar resolvidos.

Deita essas emoções cá para fora e se tiveres que chorar, chora.

Chora tudo e, depois, enxuga as lágrimas e faz-te ao MUNDO!

Sê grato/a por tudo o que te aconteceu até agora e por todos as pessoas que cruzaram o teu caminho.

Porque se não fosse todo este percurso até aqui, não seríamos estas pessoas que somos hoje.

Somos o que somos devido a uma série de acontecimentos, aprendizados e pessoas que cruzaram o nosso caminho.

Somos o resultado das nossas escolhas.

Eu amo o que sou!

E tu?

Amas quem és?

Se sim... ainda bem.

Se não... ainda vais a tempo de mudar e tornar-te numa versão melhorada de ti mesmo.

Mas para isso é necessário começares a tua mudança interna, descobrires o teu caminho e começares a viver aquilo que a tua alma escolheu para ti.

Resignar-me com os padrões da sociedade?

NUNCA!

Eu defino o meu próprio padrão e

tomo as rédeas da minha vida.

O que me espera?

Uma vida repleta de surpresas e aventuras.

Ana Oliveira