Almas Gémeas: O Dilema

Por vezes existem alturas na nossa vida em que escolhemos estar sozinhos uns tempos e, pensamos:

“Agora quero tempo para mim.

Preciso de me focar na minha evolução.”

Sempre que penso isto algo inesperado acontece…

Já tinha sido avisada por uma pessoa específica que quando menos eu esperasse alguém ia aparecer.

Os sinais que via do Universo diziam-me o mesmo, porém pensava sempre que não.

De repente… a minha alma gémea da sombra ressurge…

Sim, leram bem.

A mesma pessoa que escrevi no seguinte post:

“Alma Gémea: Luz e Sombra”

Se não leram, aconselho a lerem para entenderem o encadeamento da história.

No primeiro trimestre do ano de 2023, tive o meu reencontro com a minha alma gémea da sombra e foi surreal… todos os sentimentos e sensações de um passado não muito distante ainda estavam lá.

Como se o tempo não tivesse passado por nós…

Parece que algo tinha acordado dentro de mim… sabem o que era?

A minha sombra.

Já há muito tempo que me interrogava por onde ela andava, parece que tinha hibernado e que precisava de um estímulo específico para acordar…

Tanto pensei nisso que aconteceu.

Não posso pensar nada, porque já repararam que isso é perigoso.

Ao longo das semanas ia tendo sinais sobre a minha alma gémea da luz, então pensava:

“Ele está a pensar em mim.

Deve ter saudades minhas.”

Mas não era só isso…

Um dia, enquanto estava com a minha alma gémea da sombra tive um sinal do Universo sobre a minha alma gémea da luz…

E, no dia seguinte ele liga-me!

Sim! A minha alma gémea da luz ligou-me…

E agora?

O que faço?

Sombra ou Luz?

Não é uma escolha fácil, nem justa.

Como escolher algo que desperta os nossos dois lados?

Sabem o que fiz?

Fui jantar com a minha alma gémea da luz…

Como assim, Ana? – perguntam vocês.

Pessoas solteiras e desimpedidas podem sair com quem elas quiserem.

Foi o que fiz.

Já não via a minha alma gémea da luz há algum tempo, parece que o tempo não tinha passado por nós. Tínhamos retomado no ponto em que ficamos.

Sensações parecidas com os dois? – interrogam-se.

Sim, mas a ANA já não é a mesma de 2021 e 2022…

Então, algumas sensações são parecidas, porém sinto-me uma pessoa mais ponderada e desapegada, tendo em conta as atitudes e reações do outro.

Como assim? – perguntam vocês.

Por exemplo:

Quer ligar?

Liga.

Quer falar?

Fala.

Quer desaparecer?

Tudo bem.

Fazer “joguinhos” comigo já não funciona.

Sabem porquê?

Porque isso faz parte do ego e não da alma.

Não estou para me desgastar com isso, sinceramente, tenho coisas melhores para fazer.

Mas quem faz esses “joguinhos”, Ana? – interrogam-se.

As minhas almas gémeas, ou seja, os dois.

Parecia que tinham mudado e evoluído, mas estava errada…

Uns decidem aprender com os erros e evoluir, enquanto outros permanecem na sua zona de conforto… interrogando-se do que poderia ter sido.

Muitas pessoas cometem sempre o mesmo erro…

Olham para o amor como um campo de batalha em que têm de sair vencedoras.

Assim, não vamos a lado nenhum…

Sabem porquê?

Porque não há nada para vencer!

 A verdadeira vitória é as pessoas gostarem uma da outra.

Lembrem-se sempre desta frase:

O Amor Incondicional é sem Apego!

Quando aprendemos essa lição, deixamos a vida fluir naturalmente e o Universo se encarregará do resto.

Até agora esta tem sido a minha filosofia e tem corrido bem…

“Eu sou como uma borboleta,

deixas-me livre e eu me aproximarei.

Desapareces e eu farei o mesmo.”

Na realidade, não tive que fazer nenhuma escolha entre eles…

A partir do momento que vi que os dois se encontravam no mesmo registo, eles decidiram por mim…

Percebem o quanto é importante deixar tudo fluir?

Acabei por ver a resposta…

E, a resposta…

SOU EU!

Quem sabe um dia nos voltaremos a reencontrar…, mas por agora a nossa história ficou por aqui.

O tempo passa, mas as sensações permanecem

de um amor vivido e perdido no tempo…

Reencontros?

A qualquer momento esbarrámo-nos um no outro,

num entrelaçar de almas.

Ana Oliveira