Esperei uma vida inteira por TI.
E, quando te encontrei,
desencontrei-me…
Será a ironia do destino?
Ou o medo do sentir?
Seja como for, fizeste a tua escolha,
e, eu a minha.
Permanecemos ligados, porém afastados.
Somente, as nossas almas se interrogam:
“E se tivéssemos ficado?
Como teria sido?”
Talvez, a resposta a essas perguntas,
permanecerão perdidas no tempo…
Assim como, o nosso SENTIR!
Ana Oliveira
Será que fugimos ou corremos em direção ao AMOR?
Algumas pessoas escolhem fugir do amor…
É verdade, eu já fui uma delas.
Até que descobri que não adianta fugir, porque apesar de não estarmos, nem falarmos com a pessoa, pensamos nela.
Sabem porque fazia isto?
Porque não sabia lidar com as minhas emoções e naquela altura pensava que era melhor não sentir.
Pensava que se ignorasse aquele sentimento… acabaria por desaparecer.
Posso-vos dizer por experiência própria que ele não desaparece. Quanto mais tentas lutar contra ele, mais forte ele fica.
Até que te apercebes que não podes ganhar uma batalha que já está perdida…
Já vivi esta situação há muitos anos, antes de me dedicar mais à espiritualidade.
Porém, ao longo do tempo apercebo-me que atraio homens que têm medo do sentir, como eu já tive.
Se calhar ainda está algo impregnado em mim que necessito libertar, porque acabo por atrair pessoas com medo e receio das emoções.
Tento sempre ajudar e doutrinar a pessoa na arte do sentir, todavia, até hoje o resultado final é sempre o mesmo…
Acabam por fugir.
Este é o reverso da medalha com as nossas conexões de alma, elas fazem-nos sentir, intensamente. E, quem não está habituado assusta-se e foge.
Fugir e não aceitar o que sentimos é o caminho mais fácil…
Mas não é assim que evoluímos, nem que experienciamos uma verdadeira atração de almas.
Ao longo dos anos fui-me desapegando das coisas e das pessoas. Posso-vos dizer que aprendi bastante e que o apego só nos traz sofrimento…
Pois, quando amas de verdade alguém, deixa-la ir, se assim for o seu desejo.
Então, é sempre isso que faço. Tento respeitar ao máximo o espaço e tempo da pessoa como gostaria que ela respeitasse o meu.
Eu tenho um senão dentro de mim que ainda tenho de trabalhar que é o seguinte:
Quando alguém se afasta ou me magoa será muito difícil olhar para ela como olhava.
Devido a tudo que já passei e vivenciei.
Já melhorei bastante a parte de tentar renegar as minhas emoções.
Hoje, posso-vos dizer que já não tenho medo do sentir, mas falta-me a outra parte…
Ainda tenho dificuldade em falar sobre o que sinto.
Tenho o dom da empatia bastante amplificado, se tivesse que verbalizar tudo o que sinto seria bastante complicado.
Porque são tantas as emoções que inundam o meu ser.
Ainda me estou a conhecer a esse nível.
Tem sido longa e gratificante esta jornada do sentir.
Há sempre um novo sentimento a ser explorado e uma nova experiência a ser vivenciada.
Só temos de estar abertos à energia do amor.
Em vez de fugirmos do amor porque não corremos na sua direção?
Lembrem-se que cada pessoa que surge na nossa vida é para nos acrescentar mais uma lição, mais um aprendizado de alma...
Então, é sempre uma bênção.
De flor em flor,
a borboleta voa por um entrelaçar de cores
que a levam em direção ao seu destino.
Sem saber,
apenas sentindo,
os aromas que pairam no ar.
Ana Oliveira