Acreditar no Amor - O Que Sou?

Acreditar no Amor

Vida Real 17:25, 14 Fevereiro, 2024

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Sempre quis acreditar no amor desde a minha adolescência, mas devido a todos os traumas que vivenciei com o relacionamento dos meus pais fez de mim uma pessoa desacreditada.

Fazia chacota de atos românticos e sempre dizia que nunca me iria converter ao romantismo.

Sabem o que isto era, Seres Iluminados/as?

Era um escudo que tinha criado ao presenciar um relacionamento abusivo porque o meu subconsciente associava o amor ao sofrimento…

Quantos de nós temos ou tivemos este padrão?

Só identifiquei e entendi este padrão em mim passados muitos anos, para vocês perceberem esta dinâmica é melhor começar pelo início da minha história amorosa…

O primeiro namorado que tive foi na tenra idade de 17 anos… antes de se tornar meu namorado era o meu melhor amigo.

Com quem partilhava tudo, mas nunca consegui me abrir para o amor com ele.

Naquela altura terminei com ele por causa de um anel que ele me deu no dia dos namorados que mais parecia uma aliança, foi logo ativado um gatilho em mim…

Amor + Compromisso = Sofrimento

De certa forma já estava num compromisso com ele, mas aquele anel fez-me sentir asfixiada.

Além deste padrão amoroso que herdei do relacionamento dos meus pais, numa vida passada fui abandonada no altar o que me tornou ainda mais sensível neste campo.

Depois deste primeiro namorado decidi ficar 5 anos sozinha, pensava que já tinha curado todos os traumas e padrões, mas não…

Evoluí em muitos aspetos, porém nunca consegui curar o meu coração.

A imagem masculina que tinha na minha mente era o meu Pai e o meu Irmão. O meu Pai teve todos aqueles comportamentos abusivos com a minha Mãe.

Por outro lado, o meu irmão deixou de viver comigo e com os meus pais para ir viver com a sua namorada da época. 

Em Janeiro 2016 o meu irmão emigrou para o Dubai. Há poucos dias tive a oportunidade de o rever, foram 8 anos sem o ver pessoalmente.

Sabem o que isto provocou em mim?

Um padrão profundo de abandono relativamente ao sexo masculino. Enquanto, eu não tratasse desta ferida só iria atrair homens com os mesmos padrões do meu Pai e do meu Irmão.

Naquela altura, tinha dificuldade em sentir, não queria sentir as emoções na sua essência.

Tinha o famoso cubo de gelo, típico de capricórnio, no lugar do coração.

Então o Universo decidiu trazer-me uma alma gémea para eu mudar isso, todavia não trouxe a pessoa que eu queria… trouxe-me aquela que eu precisava.

Um homem igual ao padrão do meu pai e ao meu irmão, que no início não parecia, mas no final revelou-se.

Esse homem tornou-se o pai do meu filho, pois também fazia parte do meu karma.

Foi a partir deste relacionamento falhado que decidi entender o que se passava comigo e desde então, a Ana nunca mais foi a mesma…

Quando fiquei grávida, o cubo de gelo que tinha no lugar do meu coração começou a derreter e pela primeira vez na minha existência comecei a sentir.

Foi o início de amar sem apego, ou seja, nutrir amor incondicional pelo próximo.

Depois de tanto sofrimento que levou à mais pura das aprendizagens, apercebi-me que tinha de me debruçar na seguinte questão:

O Que Sou?

Finalmente, consegui libertar-me do relacionamento tóxico que tive com o pai do meu filho e abrir o meu coração para a energia primordial, ou seja, o AMOR.

Quem acompanha o meu blog sabe perfeitamente o desenrolar dos próximos capítulos desta minha história.

Agora, vamos retornar ao que mais interessa que é ao momento PRESENTE!

Depois de tantas provações e aprendizados eis que surge uma pessoa nova na minha vida que de alguma forma já tinha surgido há uns tempos atrás…

Como não reparaste, Ana? – perguntam vocês.

A resposta é muito simples… porque não era o tempo certo.

Lembrem-se que tudo acontece no tempo certo e há uma cronologia a ser cumprida.

Há muito tempo que pedia ao Universo uma pessoa assim, com todas aquelas características que mexem com o meu ser.

Estava farta de homens sem conteúdo que só se preocupavam com aparência física e não com o exercitar dos neurónios.

Aparência física é importante?

Claro que sim, mas a mentalidade, a inteligência e o querer evoluir para mim são muito mais.

Sinceramente, estou farta de pessoas com um QI baixo.

Quando envelhecermos restará o companheirismo, e as boas conversas. Com o passar do tempo a boa aparência física desvanece e permanece uma mente pouco atrativa.

Deixo-vos um conselho… acima de tudo apaixonem-se também pela mente do outro e não só pelo físico.

Nem imaginam o quanto especifica eu fui com o meu pedido ao Universo, sem nunca pensar em alguém especifico, mantendo a mente aberta às mais variadas possibilidades.

Foi o melhor que fiz, e todos os dias sou grata ao Universo por poder estar a viver esta realidade, com a minha conexão de alma.

Não existe preço para a nossa felicidade e paz, lembrem-se disso.

Nunca deixem de acreditar no Amor porque a qualquer momento o Universo arranja maneira de fabricar um reencontro inesperado.

Esta pessoa apareceu na minha vida porque eu mereci… todo aquele trabalho pessoal árduo foi recompensado.

É isto que quero que entendam… se a vossa vida amorosa não está famosa, façam a seguinte questão:

Qual o padrão que preciso de curar em mim para conseguir atrair uma alma gémea?

E, que alma gémea eu atraí… 

Somos tão idênticos que até assusta às vezes, mas num bom sentido.

Assim do nada, num final de dia de Verão dois seres se conheceram nestes corpos pela primeira vez.

Porém as suas almas já estavam fartas de se conhecer, foi apenas mais um reencontro.

Desta forma, retomou-se uma história de amor de outras vidas…

 O único elemento necessário foi acreditar mais uma vez no poder do AMOR...


Em ti vi a minha outra face

Quiçá um deslumbre do passado,

Equacionando os tempos de outra hora.

Sentir cada toque,

Sentir cada sensação…

E, ficar perdida nesta permanência de sentir, só nossa.

Ana Oliveira

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