Há momentos da vida em que nos perdemos…
Sobrevivemos em vez de VIVER!
Cada dia que passa é como uma fatídica forma de sobrevivência, sem nutrir a essência do nosso EU.
Esse processo chama-se:
Viver à Margem de Quem ÉS!
As pessoas ficam tão absorvidas no seu dia-a-dia que nem reparam nesta sua mudança…
Sabem quando começam a dar por ela?
Quando alguém diz:
“Já não pareces a mesma pessoa, parece que perdeste a tua alegria de viver, a tua boa disposição, etc…
Aconteceu-te alguma coisa?
Andas triste e abatido/a.”
Estes são aqueles sinais que o Universo nos dá por intermédio de terceiros.
Por vezes começas a sentir que já não és o mesmo e interrogaste do seguinte:
“Estarei a evoluir ou a afastar-me de mim mesmo?”
Já alguma vez se interrogaram sobre tal?
Para ser sincera, eu já, mais do que uma vez em diferentes alturas da minha vida.
E, acontece sempre o mesmo…
Sinto que estou perdida e a afastar-me do meu Eu, enquanto que na realidade é só mais uma metamorfose.
Quando achas que já não consegues evoluir mais, o Universo arranja sempre uma maneira de te mostrar o contrário.
Sempre fui fascinada por borboletas desde criança…
Mas sabiam que a metamorfose delas é dolorosa?
Para uma simples lagarta se transformar numa linda e magnífica borboleta requer tempo e dor, ou seja, o processo de metamorfose é doloroso, único e estranho.
Sabem porquê?
Porque é a primeira vez que a lagarta se vai transformar em borboleta, então ela fica com medo e receio do desconhecido.
Mesmo assim a sua natureza diz para o fazer, ela simplesmente sabe que o tem de fazer, mais cedo ou mais tarde.
Connosco acontece a mesma coisa… ficamos à margem de nós mesmos por causa do medo do desconhecido. Preferimos permanecer na sobrevivência porque é algo familiar.
Enquanto que viver é a verdadeira metamorfose do EU.
Já iniciaram a vossa?
Eu pensava que já tinha passado por todas as minhas metamorfoses, porém sinto-me estranha, outra vez… algo está a mudar dentro de mim.
Sabem que já fui criticada pela minha constante mudança?
Por alguém muito próximo a mim que considerava ser um amigo verdadeiro.
Certo dia, disse-me o seguinte:
“Estás a tornar-te uma pessoa inconstante e sempre a mudar… já nem pareces tu, Ana.”
E, tinha razão… sou eu, mas já não sou EU!
A Ana que ele conheceu permaneceu no passado e esta que está a escrever decidiu mudar, entrar no futuro e começar a viver.
Por outro lado, o suposto amigo decidiu permanecer na sobrevivência sem ter a coragem de entrar em processo de metamorfose para saber o que é realmente viver.
Nunca tenham consideração pela crítica de uma pessoa que nunca teve a coragem de se lançar no desconhecido e conhecer-se melhor a si mesma.
Porque no fundo a vida são as sucessivas metamorfoses do EU!
Para quê insistir em algo,
que te deixa à margem
de quem tu és?
Apenas absorve a lição que te foi passada e,
segue em frente…
Pois, o sol brilhará sempre por mais um instante.
Ana Oliveira